REIMAGINAR A MODA
mais afetiva e circular
Quando surgiu, o Fashion Revolution, movimento global que ativa debates sobre uma moda mais ética, justa e sustentável, em 2014, a provocação balançou os olhares do mundo para um sistema de moda, até então, desconhecido de muitos. Hoje, nove anos depois, o movimento segue enérgico na luta pela preservação dos direitos humanos, na redução dos impactos ambientais e na conscientização do consumo pela moda.
O conteúdo propagado na Semana do Fashion Revolution Brasil, através das plataformas digitais e ações regionais, atenta para nosso próprio questionamentos acerca do consumo e dos tratados que precisamos fazer para vestir uma moda mais consciente.
Não nos esqueçamos que a moda é o que nosso corpo movimenta, transpira e exerce, manifesta quem somos e assim, afirma os nossos valores para o mundo. Ela nos possibilita ser quem quisermos ser e precisamos, a partir dessa intimidação, questionar, quem nós queremos ser para o mundo quando nos vestimos?
As expectativas são incertas, enquanto um movimento de "hiperconsumo" se acentua, movimentos que propõe mais consciência no consumo de moda revelam expansão e força, em uma sociedade que se revela paradoxal de sentidos. Precisamos ser mais curiosos e atentos para compreender os impactos que nossas decisões de consumo exercem sobre o planeta. Em um artigo publicado na Carta Capital, Erica Gottsfritz explana uma pesquisa realizada pela Tabo in Fashion, onde relata que “30% das roupas produzidas nunca são vendidas. Ou seja, 3 em cada 10 peças de roupas não são compradas. E o pior? Enquanto 1 em cada 5 que consumimos são descartadas sem nunca terem sido usadas, 12,8 mil toneladas de peças são enviadas a aterros sanitários de forma anual.”
Quando foi que erradicamos o nosso sentido de bem viver para com o mundo, e desvencilhamos o nosso desejo de ser, pelo ter?
No podcast Potrait Fashion Magazine na série The Green Look, Renata Brosina traz debates dedicados à sustentabilidade. Um destaque para o episódio 06, de 22 de abril de 2022, em que ela atenta para o movimento do “ultrafastfashion”, de empresas como a Shein, marca que vende roupas descartáveis, desqualificadas e com valores duvidosos.
Vale a pena conferir.
MAS EXISTE MODA MAIS SUSTENTÁVEL?
Podemos dizer que sim. Ao menos existem caminhos. Quando questionamos nossa própria conduta no consumir, perguntando às marcas “Quem fez a roupa?”, pesquisando sobre a matéria prima utilizada, quais os processos de produção, possibilitamos avaliar nossos próprios princípios em relação ao ato de vestir.
Na Made by You acreditamos que a moda artesanal é uma alternativa mais consciente de consumo, pois, uma peça feita a mão e com afeto não é descartável. Existe um ritual contemplado, um exercício no fazer manual que nos concede uma permissão do tempo mais presente. Também apostamos na circularidade, não descartar é olhar para o que podemos recriar, e é por isso mesmo que idealizamos a Campanha “Reimaginar a Moda, mais afetiva e circular” em parceria com a CAOS BRECHÓ, projeto criado pela Natasia.
Na sobreposição de camadas que revelam uma moda com personalidade, atemporal e mais consciente, peças artesanais combinam com roupas de segunda mão, desenhando novos olhares para o estilo pessoal, autêntico e extraordinário. Que celebra a moda com sustentabilidade para comunicar sua verdade para o mundo.
Confira as roupas artesanais Made by You no BAZAR de peças prontas. Peças feitas por artesãs e que, até então, faziam parte do acervo da Made by You.
Contemplar a beleza que há no ser é subverter nosso anseio por ter. Ampliar condições para uma moda que revele nossos próprios ideais, é ser assertivo no estilo.
Faça a sua própria moda, recicle, reuse, reimagine novas possiblidades, incomuns e mais autênticas. Vista-se com consciência e seja mais atrevido, questione, seja curioso, faça parte de uma revolução para uma Moda mais sustentável e recriada.
by Lua Geiss
